Total, um jovem funcionário bancário, é alérgico ao dinheiro. Detesta tocar-lhe e despreza aqueles que o possuem. Acredita que o mundo é constituído por ladrões: aqueles que se professam ladrões e aqueles que ganham dinheiro à custa dos outros. Um dia convence-se que o dono do talho, cliente do banco onde trabalha, pertence a esta segunda categoria de ladrões. Decide alvejá-lo.
Impressiona a escolha cinematográfica do realizador, que em casos específicos abandona o enredo ao optar por um discurso frontal. Os actores olham para a câmara e falam directamente com o público, com o objectivo de fazer com que a sociedade se reconheça nessas personagens e desmascare a hipocrisia e o egoísmo como pilares de uma sociedade baseada na competição e na propriedade.
” Grotesco e brechtiano, frontalmente político, mas não tão esquemático como parece, escrito por Petri com a colaboração de Ugo Pirro. Rabino e verboso, exagerado e sombrio, desconjuntado e desafinado, apocalíptico e sinceramente fora do Partido”. Vidioteca di classe