“Tenho que te dizer que sou inocente. Em toda a minha vida, nunca roubei, nunca matei, nunca derramei sangue humano. Lutei para eliminar o crime. Antes de tuso, o da exploração do homem pelo homem. Se há uma razão pela qual hoje estou aqui, é esta, e não outra. […] Sofro e pago por ser anarquista…e eu sou anarquista. Porque sou italiano…e eu sou italiano. Mas estou tão convencido de que estou do lado da justiça que se vocês tivessem o poder de me matar duas vezes, e eu por duas vezes pudesse renascer, reviveria para fazer exactamente as mesmas coisas que fiz”.
Serem anarquistas, trabalhadores e imigrantes nos Estados Unidos dos anos ’20: este foi o verdadeiro crime de Nicola Sacco e Bartolomeo Vanzetti, julgados injustamente e condenados à pena de morte em 1927. Com as músicas do mestre Ennio Morricone e de Jon Baez, a obra-prima de Giuliano Montaldo relata o processo político cobarde instaurado aos dois anarquistas italianos, cujas palavras ressoam nas injustiças da actualidade: “eles podem crucificar os nossos corpos hoje, como estão a fazer, mas não podem destruir as nossas ideias que permanecerão”.
Nós não esquecemos, “Here’s to you, Nicola and Bart”!