O Acordo EU – Mercosul será, se aprovado, o maior tratado comercial de sempre na União Europeia. Este tratado vai ter implicações nos salários, no emprego, no clima, na biodiversidade, nos direitos humanos, no bem-estar animal, na saúde pública, na Democracia, entre muitas outras. De forma a combater este tratado foi criada em Portugal uma rede de associações e colectivos – REDE STOP UE – MERCOSUL, que pretende “impedir que este acordo tóxico seja ratificado.”
Acordo UE-Mercosul: muito pouco a ganhar, muito a perder.
O acordo entre a União Europeia e os países membros do Mercosul – a Argentina, o Brasil, o Paraguai e o Uruguai – constitui um perigo para o Planeta, para a Democracia e para as pessoas de ambos dos lados do Atlântico.
O acordo UE-Mercosul é um perigo para o planeta: vai provocar um aumento do ritmo de destruição da Floresta Amazónica e do Cerrado; a expansão das monoculturas intensivas e da pecuária intensiva, à custa da destruição de ecossistemas naturais; bem como a utilização não controlada de pesticidas.
O acordo UE-Mercosul é um perigo para as Pessoas. É público que o Presidente Bolsonaro tem encorajado os inúmeros ataques violentos e homicidas contra a população indígena e defende a expropriação das suas terras para favorecer projectos de mineração ou outras formas de extracção de recursos do território. Ao alargar os mercados para os produtos resultantes deste genocídio, o acordo UE-Mercosul contribuirá para estimulá-lo.
O acordo UE-Mercosul é um perigo para a Saúde e para a soberania alimentar. A Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos declarou que 7,6% das amostras recolhidas excedem o nível máximo de pesticidas permitido na União Europeia, o que não é de surpreender tendo em conta que 149 pesticidas autorizados no Brasil são proibidos na UE e que a Argentina utiliza na sua indústria pecuária uma hormona de crescimento proibida em 160 países.