A Rádio Gabriela acompanhou no Campus da Justiça uma acção de solidariedade para com as 26 pessoas detidas na sequência da acção #EmChamas de 22 de Maio, acção de desobediência civil.
“esta ideia de desobediência civil que vocês têm apelado é porquê?” (Rádio Gabriela) “tudo o resto não chega (…) já não foi suficiente, as petições não foi suficiente falar com deputados que já conhecem o consenso científico há mais de 40 anos sobre a casa estar a arder, não é suficiente mais relatórios, não é suficiente a ciência continuar a dizer o mesmo. É preciso nós darmos o nosso corpo ao manifesto e fazermos das nossas palavras acção e por isso a desobediência civil é um meio que nós utilizamos que nós achamos que é mais eficaz no momento para travar o fogo no tempo que temos” (Diogo)
“vamos ser notificados para voltar a tribunal se de facto o estado decidir que vai prosseguir com o processo criminal (…) até lá continuamos arguidos e ficamos à espera então de novidades sobre o processo e continuamos também na nossa luta, continuamos a exigir menos aviões, continuamos a exigir mais ferrovia e uma transição justa porque temos de resgatar os trabalhadores, temos de resgatar o planeta, temos de resgatar as pessoas e não podemos continuar a alimentar um sistema que só está importado com resgatar lucros e com proteger os poderosos e os ricos” (Inês)
“a forma como fomos revistadas e detidas foi agressiva contudo isso não é uma coisa que nos intimide, esse tipo de estratégia de intimidação não nos detém de continuar nesta luta e de continuarmos a protestar e de continuarmos a mobilizar-nos para apagar este fogo da nossa casa que está a arder” (Inês)
O processo vai continuar, espera-se neste momento a formulação da acusação pelo Ministério Público ou pelo retirar da queixa que também é possível e depois se verá o que acontece.
