No dia 18 de Junho O Racismo matou de novo: Justiça por Bruno Candé organizou uma concentração em frente ao Tribunal de Loures onde decorria a sessão final do julgamento do assassino do ator Bruno Candé Marques. Hoje, dia 28 de Junho, o homem de 76 anos que cometeu este crime foi condenado a 22 anos e nove meses de prisão por homicídio qualificado agravado por motivação racial.
A Rádio Gabriela acompanhou a concentração e entrevistou algumas pessoas presentes:
“…já houve outros casos e o caso por exemplo da tortura que houve na esquadra de Alfragide em que não obstante terem sido comprovados todos os insultos racistas para além das agressões, aqueles policiais não foram condenados com agravante de ódio racial. E portanto é um exemplo de como temos uma lei ineficaz que prima a impunidade.”
“… é muito importante que (o assassino de Bruno Candé) seja condenado por ódio racial porque nós estamos a viver numa sociedade hoje em dia, aqui em Portugal, onde muitas pessoas ainda negam o racismo, o racismo estrutural (…) se hoje nós sairmos daqui sem essa condenação com agravante de ódio racial é mais uma confirmação de uma sociedade que teima em fazer vista grossa ao racismo que nós sofremos.”
“o racismo estrutural é aquele que nós impede de evoluir na vida, é aquele que quando nós nascemos, por termos a cor negra nós já estamos condenados a viver nos subúrbios, nós já estamos condenados a ter menos acesso à educação, a ir para escolas de guetos e quando chegarmos ao 9º ano irmos para ensino profissional…”