Canções de Luta

Canção de Luta #17 | “Spanish bombs”, The Clash

Uma canção de múltiplas referências, políticas e poéticas, que baralha imagens dispersas do passado, invocando os ecos da Guerra Civil Espanhola e dos “combatentes pela liberdade”. Mas o que activa estas memórias são os conflitos e as contradições do presente. Nada de memorialismo bacoco. The Clash em 1979.

Canção de Luta #15 | “Mississippi Goddam”, Nina Simone

Escrita em 1963 e lançada no ano seguinte, “Mississippi Goddam” é uma das primeiras canções declaradamente anti-racistas de Nina Simone, um grito de raiva contra os ataques de supremacistas brancos nos Estados Unidos da América, que se tornou numa canção de luta de todos e todas as que lutam contra a segregação, o racismo e…

#14 | “All you fascists bound to lose”, Woody Guthrie

Uma das mais famosas canções antifascistas de Woody Guthrie, cantor e compositor folk norte-americano que escreveu centenas de canções de trabalho, de luta e de crítica social. All you fascists bound to lose é ainda hoje útil, para ajudar a derrubar os fascismos, os racismos e os autoritarismos dos nossos tempos.

#13 | “Bread and Roses”

Bread and Roses, por Mimi Fariña e Joan Baez. Uma canção nascida no início do século XX, em estreita ligação com batalhas do movimento operário lideradas por mulheres, e que se tornou um verdadeiro hino feminista.

Canção de Luta #12 “La mala reputación”

“La mala reputación”, na voz de Paco Ibañez, é a versão em castelhano da canção original de George Brassens. Uma canção proibida nos anos 50, que se tornou uma canção de luta pela liberdade e contra a censura, sempre «fora do rebanho», em qualquer das dezenas de versões que teve. Aqui passamos por algumas.

Canção de Luta #11

“Dança do desempregado”, de Gabriel o Pensador. Uma denúncia sarcástica e bem humorada de uma das doenças crónicas da sociedade capitalista, o desemprego.

Canção de Luta #10

«Papuça» de José Afonso, do seu disco «Como se fora seu filho». Canção de réplica (como o Zeca um dia chamou às suas canções), anti-conformista, com ecos do movimento revolucionário do pós-25 de Abril. A revolução é pra já.

Canção de Luta #9

«Primavera nos dentes», dos Secos e Molhados, uma das canções que desafiou a ditadura militar brasileira. Uma pedrada no charco no Brasil em 1973.

Canção de Luta #8

“La Cocinerita”, de Víctor Jara, numa versão recente de uma banda rock portuguesa. Uma canção popular de 1966, uma das primeiras a serem gravadas pelo cantor revolucionário chileno assassinado em 1973.

Canção de Luta #7

“Penn Sardin”, da cantora e compositora Claude Michel, em homenagem às conserveiras de Douarnenez e à sua histórica greve vitoriosa, em França. Uma canção onde ecoa a inspiradora luta destas mulheres trabalhadoras da Bretanha.

Canção de Luta #6

“Canzone triste”, com texto de Italo Calvino, cantada por Margot, do grupo Cantachronache, um projecto de recolha e criação de música de intervenção e crítica social, nascido nos anos 50, que marcou o trajecto da canção política europeia do século XX.

Canção de Luta #5 “Gorizia”

“Gorizia”, canção antimilitarista do início do século, levantou grande polémica em Itália nos anos 60 quando voltou a ser cantada no Festival de Spoleto por Michele Straniero no espectáculo “Bella Ciao”. Feridas da Primeira Grande Guerra Mundial que esta canção reabriu. Pelo Coro e Banda della Scuola Popolare di Musica di Testaccio.

Canção de Luta #4

“Which Side Are You On?”, na versão de Billy Bragg. Uma canção-pergunta que viajou no tempo e foi dirigida a diferentes grupos. À polícia? Aos jornalistas? A toda a gente?

Canção de Luta #1 “It isn’t nice”, Malvina Reynold

Canção de Luta # 1: “It isn’t nice”, de Malvina Reynolds. Uma canção sobre a necessidade de desobedecer perante as injustiças, de uma grande compositora norte-americana empenhada nas lutas pela emancipação em todo o mundo. Primeira «canção de luta» de uma série que aqui publicaremos.

Canção de Luta

São canções que, à sua maneira, tomaram posição e participaram nos combates contra as injustiças do seu tempo. Canções que viajaram no tempo (e no espaço) e que guardaram uma força emancipatória, úteis agora de novo para os difíceis tempos que correm. Cantos de resistência, de testemunho, de liberdade, de entusiasmo. Músicas satíricas ou de crítica aos poderes instalados. Canções de protesto, de revolta ou de paixão revolucionária. Um pequeno comentário acompanha cada canção de luta, para expor as suas motivações, a sua energia transformadora e a sua actualidade.

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